Tempo de um nada cheio de coisas boas

Esse fim de semana foi dia de muito "nada", essa é uma nova etapa que venho me impondo. Não ter pressa e não fazer nada além de ter calma e sentir o dia passar. Não é estar aqui a passeio e tornar o dia repleto de inutilidade. Não. É não ter pressa apenas, ou a cabeça cheia de metas a serem cumpridas. O meu prazer diário está, neste momento, sendo construído em outro estágio.

Parece uma loucura mas não é. Em toda a minha memória está registrada a turbulência, um corre corre louco para gerar qualidade de vida, suprir responsabilidade, resolver problema e realizar ações. Se fecho os olhos recordo disso, e pela primeira vez defino o nada como algo muito valioso para mim. Não é fácil, mas estou conseguindo manter a rotina sem que sentimentos ou pensamentos de culpa pela pouca produção ou envolvimento tomem conta de meu ser.

Quero teclado, escritas, livros, fotos da rotina, companhia boa que agregue de verdade, alguns drinks saborosos quando a ocasião pedir. Aliás provei dois deliciosos com morango e vodka, muito bom. Quero paz de espírito, sossego, harmonia.

Sigo com meus projetos pessoais que são apenas meus de verdade, construo meus dois livros, e escrevo outras coisas que a inspiração me traz. Almoço fora com o marido, leio blogs que amo e que estava afastada, cuido de minhas plantas e desfruto da companhia dos animais da casa.

Tenho assistido os planos dos filhos, namorado os netos que estão lindos, sendo conselheira dos bons amigos e deixando a pressa guardada em algum canto. Estou sem pressa, sem nada espetacular mas com tudo que preciso de verdade, e garanto que é uma das boas época da minha vida que irá ficar registrada na minha memória junto com outras maravilhosas que vivi também. Tudo tem uma razão e um tempo.

Hoje é domingo e estou aqui na minha cama escrevendo esse registro. Já passei pelo twitter, insta, face e tudo segue como sempre...Estou amando meu nada, ele está muito mais preenchido que o mundo lá fora, está sim.