Chego ao fim do dia com disposição, acredito que a vida recomeça a cada dia, e que é este o segredo que a vida nos coloca nas mãos. Refazer, reconstruir, quebrar limites, vencer barreiras.
Muitas vezes, sem nos darmos conta, caímos no condicionamento, formamos a nossa frente limites e vamos aprendendo a conviver com eles. Em alguns momentos pesam mais, em outros não damos importância. Seguimos, vivemos, cumprimos tarefas, aceitamos o modo operante de ser.
E qual a relação entre o que se é, o que se sente e o que se vive? Esta é a pergunta que fica, pois são etapas distintas, numa cascata de consequências.
Primeiro é importante perceber o que se é. Eu, sou uma pessoa cheia de sonhos, corajosa por natureza, audaciosa por opção. Acho que cada uma dessas características se intensificaram com os anos, não que isso seja a receita perfeita para que a felicidade esteja sempre como a marca número um, as vezes ela fica no fim da fila, mas como vejo felicidade nas pequenas coisas, sempre consigo puxa-la de volta para o eixo principal.
O que sinto é o que vivo. Viver para mim é mágico, valorizo os minutos, coisas pequenas, detalhes, isso é o que me constrói, quem consegue perceber isso me ganha inteira, quem não consegue me perde em pedaços.
Se encontrar ou se perder é se autoconhecer, é olhar para si e saber que vc está lá no que projetou, sonhou, idealizou. Se perder é perceber, sem grandes dramas, que etapas falharam, que o tom não deu a voz a expressão necessária.
O nosso desafio diário é se encontrar, é sentir o melhor que estiver ao nosso alcance, é oferecer o mais verdadeiro que existe em nós. Apenas isso levaremos, a sensação das emoções exercidas na prática, o resto tudo fica, será dividido, ou esquecido.
Não podemos viver de saudade, não podemos viver de compreensão. Temos a obrigação de viver de realidades, de esforço, de empenho, de surpresas, do nosso desafio diário. Pois quem não se desafia não vive o que pensa viver.
Nada do que eu escreva aqui será o meu resultado, se eu não arregaçar as mãos e for praticar lá fora. Palavras emocionam, mas atitudes enraízam
É preciso enraizar, fazendo o mínimo que deve ser feito. Ir além do que se pensa que pode, se esforçar para fazer a diferença pequena, mas fazer. Saber reconquistar as etapas da vida pela sensibilidade no que se tem de melhor.
Não vivemos nesta vida, que se transforma a toda manhã, para sermos como todos são. Não construímos histórias para virar lembrança em fotos, ou em palavras escritas ou ditas.
Vivemos para muito mais, para vencermos nossos limites, superarmos nossas incertezas, descobrirmos nossas verdades, só elas serão lembranças vivas, a mola que nos sustentará e nos dirá que somos o que sentimos, e de fato o que vivemos.
Não podemos exigir o que não nos cabe, mas de nós e por nós podemos tudo. É preciso sempre encontrar o fio da meada e organizar a lã que constrói o que nos agasalha.
Nossa alma precisa de agasalhos quentes, e cheirosos.
Agradeço mais um dia. Agradeço a oportunidade de transformar emoção em palavras mais uma vez, mas acima do pensar, deve estar o agir, e isso é a diferença que faz valer a pena ser, sentir e viver.
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