Lembrando o que vale a pena.

Ontem passei um bom tempo revivendo momentos especiais de muitas histórias de  minha vida, aliás, da vida de alguns de nós da família Corrês Lopes. Encontrei o blog de uma prima querida, onde li muitas histórias que me fizeram resgatar lembranças gostosas demais, tempos bons que vivi lá nos meus 14 anos, na minha fase adulta, na minha fase de casada, mãe, e por aí. Por  vários tempos da minha vida. Ler  os textos escritos por ela foi uma viagem boa demais, fui fundo na lembrança dos velhos tempos, de bons tempos que nunca mais voltarão... Uma pena, mas nos resta a lembrança e essa é e será sempre boa demais.

A Casa de Itaipava, assim era nosso espaço de férias, do prolongado fim de semana, de estar com gente do bem, de comer muito ..... caramba, a deu um branco, nem no google achei.. caramba! Aquela frutinha pequena redonda preta... vejo a árvore mas não consigo soletrar o nome da fruta... Que coisa horrível! Bem de repente até o final do texto eu consiga, desistir - jamais! Enfim, comíamos muito, manchava a roupa era bronca da tia e da mãe.

Quando a casa enchia, que era muito natural nos fins de semana, vinha sempre a tia Ilse cheia de graça com uma novidade...kkkkk...me lembro do avental que ela com cara de artista pedia para alguém (aquele(a) bem inibido(a)) pegar algo no bolso do avental dela, pois estava com as mãos sujas...e lá o "envergonhado (a)" encontrava um pênis de tecido costurado no bolso que vinha na sua mão para o lado de fora... Era gargalhada geral, e a vítima dizia - Ilse vc não tem jeito! Isso era tradicional.

Adorava ver minha tia chegar para nos dar bom dia, sempre arrumadinha, pronta para um evento qualquer, seu relógio de ouro, seu brinco de pérola, seu vestido charmoso e a sandália de saltinho, tinha sempre um saltinho. Nunca vi minha tia de chinelo daqueles tipo havaiana ou similar... Ela era chique e elegante, sempre.

Lembro do seu sorriso, da sua voz no telefone dizendo - vem vem, sobe sim, tô aqui te esperando. Do delicioso biscoito de melado que ela fazia com a receita trancada a chave... Depois ela me deu, mas nas mudanças de minha vida a perdi... sofro até hoje com isso. Foi como perder um grande tesouro de família.

E o quadro da galinha e seu pintinho?  Nossa... ela me contou com um orgulho da compra que tinha feito - Minha querida olha, ele não é lindo, não resisti, comprei. E sorriu com um sorriso de orgulho. Equele quadro pequeno era para mim a imagem de um troféu de uma liberdade conquistada, e alcançada.

Vivi muito,  ver meu pai e meu tio jogando sinuca, ouvindo Frank Sinatra, Nat King Cole. Assistindo clássicos do Cinema... nossa que tempo bom. Ficaria aqui escrevendo dias sobre a Casa de Itaipava, meu primo Lelo, quantas coisas boas fizemos juntos por Itaipava. Bem é isso...a Casa de Itaipava está lá, hoje é a Casa de Itaipava da Angela, um sonho realizado, mas merece para isso um outro post.

Alguns momentos especiais vividos lá... na Casa de Itaipava

Recordar é viver...e sempre será!

Beijos!

Acabei de lembrar o nome da frutinha --- Jabuticaba!