Estou em isolamento em função do marido estar incluído no grupo de risco, acredito que para ele esteja sendo bem difícil por gostar de caminhar, conversar, tomar café com um amigo, mas o momento não favorece esses prazeres.
Estamos em casa, sem contato com ninguém apenas por telefone e rede social. Pedi aos filhos que evitem visita e dei a secretária querida uns dias que também servem para que ela se resguarde, não afetando seu salário claro.
Tenho tentado transformar o dia na forma mais produtiva possível, tenho escrito, lido, movimentado alguns grupos de informação, cozinhado, visto alguns filmes e documentários, estudado embora a faculdade esteja fechada, estado mais com os animais em brincadeiras que eles gostam, coisas assim...
Mas sinto-me preocupada não apenas com a doença mas com todas as perdas que ela vai gerar principalmente financeira dentro de muitas famílias. Porém a necessidade do isolamento, por boa parte, não nos deixa muita escolha. O vírus está aí e é real seus prejuízos.
Já escutei que não se vai poder pagar funcionários, aluguel, cartão de crédito, mensalidade de escola, prestação do carro e por aí vai...converso com muita gente, a realidade que pouco se fala vai também virar um problema grande paralelo. É uma tensão grande, infelizmente.
E ainda com tudo isso, assistimos outras situações que nos fazem pensar.
Temos uma massa que se comove e busca alternativa de somar de alguma forma. Todavia, já há um outro grupo, que de forma egocêntrica e grosseira, demonstra que o coletivo não é a preocupação maior.
Ontem assisti alguns vídeos onde o volume de garrafas de álcool Gel compradas por uma mesma pessoa era assustador. Como você compra 40 garrafas e a pessoa atrás, na fila do caixa, fica sem nenhuma?
Difícil ter que encarar essa realidade que pesa tanto num momento como o nosso.
Vejo nos blogs que sigo, e boa parte deles de outros países, a estatística de meus leitores acusa que o Brasil se encontra em terceiro lugar de leitores, vejo nas leituras, que o medo e a ansiedade está por todos os lugares. É um momento difícil para todos literalmente.
Precisamos de respeito, de união, de informações verdadeiras e legais, precisamos dar as mãos sem toca-las, apenas na simbologia. Podemos apoiar uns aos outros independente de onde seja a nossa origem.
Essa pandemia é uma oferta de lições e reflexões importantes, não podemos deixar isso passar, não podemos não.
Que nosso dia seja de força, de amor próprio e ao próximo, sejamos solidários, o universo espera isso de nós.
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