sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Já é Agosto!


Caramba o ano já deu adeus ao seu primeiro semestre, estamos em Agosto e para  terminar 2019 só faltam cinco meses...vai voar.  Hoje é sexta e meu dia  foi definido com algumas coisas para serem feitas, entre elas  preciso comprar  uma caneca nova para chá e café.

Gosto de  canecas,  tenho algumas que  registram  histórias boas, ta na  hora de comprar uma nova, preciso disso. 😊😊

Comecei a leitura de um novo livro, e separei um caderno para fazer os apontamentos. O estudo rende muito mais. Cumpri o tempo de leitura que eu programei e foi muito bom. Ler me relaxa, tira minha mente de algumas questões, consigo ficar focada  naquilo que está minha atenção. Foi muito bom.

Ontem passei horas dentro do hospital, precisava começar a entender o que está acontecendo comigo, não sinto meu corpo bem já algum tempo, na verdade alguns meses. Iniciei ontem mesmo com alguma medicação fechado o diagnóstico clínico de fibromialgia, e  rumo a terminar de investigar outras questões.  Posso garantir que não é  nada fácil pelo o incomodo que a corpo passa. Parece que minha mente está num tempo e meu corpo em outro.

Preciso reprogramar-me  para assimilar isso, e saber lidar com todos esses sintomas. Agora as respostas começam a chegar.  Me sinto como água em um garrafão de  vinho,  a realidade dos sintomas nada tem haver com a minha personalidade e postura.  Mas é um tempo que precisa ser respeitado por mim em primeiro lugar.

Pesquisei bastante e entendi que é algo  difícil  pelo fato de não ser identificado claramente por exame.  Embora esteja cadastrada no CID, ainda há pouca resposta sobre a possibilidade de cura definitiva. Está identificada como autoimune, e isso que não é a melhor parte da história.

Sinto-me responsável por isso, pois de alguma forma, por alguns anos, deixei de olhar para minhas dores, as guardei em algum lugar e segui a vida. Convivi com situações que me foram doloridas mas que não me deixavam  sentir minha dor, eu precisava sacudir a poeira e seguir, e estava bom pra mim.

Acho que a dor mais abafada foi a morte da minha mãe,  foi a mais difícil. Nunca vivi o luto oficialmente, ou melhor, não vivi os protocolos de uma morte. Não a vi machucada, não fui ao seu enterro, não vi as pessoas chorando, nada. Eu estava acamada, havíamos sofrido um acidente de carro juntas quando ela faleceu.  Apenas vi os dias passar e ela não voltar do tal hospital que a havia recebido do acidente. Foi isso que me foi dito. Ela havia ido para outro hospital.

Daí outras situações surgiram e realidades aconteceram. Hoje eu acho que deveria ter dividido isso tudo, procurei resolver comigo mesma, conversar comigo mesma, sair tratada por mim mesma. Isso me fez uma fortaleça. Mas não é o caminho correto. Precisamos nos esvaziar com outra pessoa, é mais sadio.

Minha ótica de vida mudou, aprendi muitos ensinamentos que tornaram  dores do passado mais leves, mas elas fizeram seus estragos, pela forma que conduzi comigo mesma as experiências vividas.   Agora  o corpo deu sinal disso. Errei em viver algumas situações mais pra dentro de mim. Tenho certeza que essa escolha foi  o caminho que me levou até ao resultado de hoje.

A somatização é um fato. E me sinto aliviada pois poderia ser pior.

Não me sinto frustada em nada, sinto-me feliz com a vida que tenho, gosto de onde estou, com as pessoas que estou, não mudaria nada. Sou infinitamente grata por este momento, a chegada dos netos, a oportunidade de conhecer esta  experiência. Todavia, meu corpo não se traduz na mesma euforia. Ele dói do couro cabeludo ao dedão do pé.

Acho que a vida está querendo que eu pause, que leia mais, escreva mais, me conecte com forças superiores de forma mais constante, esteja mais perto de quem faz parte da minha vida. Acho que a vida está me dizendo: Vamos parar  por enquanto. Sem pressa, apenas sinta os dias.

Hoje quero comprar meu cappuccino e uma caneca nova. Vou me presentear com coisas que fazem meus dias mais felizes. 

Essa foto eu ganhei do meu filho Lucas, foi ele que tirou. Quero essa leveza, o sentir o vento no rosto e viver um dia de cada vez me absorva. Quero conhecer melhor o meu corpo, suas reações e a forma que consigo amenizar suas dores. Quero acarinha-lo, apenas isso.

                                    Que a energia infinita debruce sobre mim toda a sua luz.


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