Assim também é a vida, seus caminhos e descobertas. O tempo muda muitas coisas, ele nos permite construir e destruir paradigmas, conceitos, expectativas. A vida no seu dia a dia nos transforma, nos altera, nos dá novos sabores, nos desafia à novos resultados, seja nas pequenas coisas do cotidiano, seja no que produzimos, seja no que queremos ter. As paisagens mudam, algumas coisas se aprimoram e outras se desfazem, esse é o processo.
As vezes guardamos dentro de nós uma situação emoldurada em algumas referências e deixamos lá, guardadas, mantemos na lembrança aquele formato, e de repente ele já não é mais o que era antes. Somos nós que mudamos, é a vida que nos muda. Depois que acabei a nova formatação do Blog, e fiquei admirando o novo, pensei - Como gostei tanto daquele vermelho forte cheio de bolinhas, dá dor de cabeça, cansa a vista. E isso me fez lembrar tantas passagens na minha vida, e através delas fui me questionando:
Como fui tão verdadeira? Como fui tão inexpressiva? Como fui tão atirada? Como fui tão covarde? Como amei tanto? Como deixei de amar tão rápido? Como sonhei tão pouco? Como esperei demais???? Essas e muitas outras perguntas passam em nossas mentes em dados momentos. Olhamos para trás e não nos compreendemos, não compreendemos alguns poás perdidos na imensidão de nosso coração e sonhos.
Pode ser que daqui a algum tempo está página feita com tanto carinho, como a outra, não me cause mais essa sensação boa que hoje me transborda, mas uma coisa sempre fica, a essência do que nos envolveu e nos motivou ir ao encontro de realizar. E assim encontramos as respostas.
É preciso saber questionar e saber responder. Fui verdadeira por que era o único caminho... Fui inexpressiva pois tive medo... Fui atirada pois acreditei demais... Fui covarde pois não queria fazer sofrer... Amei por que se eu não amar não sou eu... Deixei de amar por que cansei... Sonhei pois é isso que me constrói todos os dias... Esperei pois não posso definir a dimensão do que não me pertence. E assim seguem as perguntas e respostas dentro de nós.
O vermelho de poá era o vermelho vivo que pulsava dentro de mim, era a reconstrução do vazio que habitava dentro de mim. Era a vida que eu queria trazer de volta, e preencher através de cada uma daquelas bolinhas brancas, que estavam dispersas em outro lugar. Hoje já não tem mais esse sentido, a vida corre por outros caminhos, o porto está mais seguro, e o que preciso não está fora, está aqui dentro de mim, e estando aqui dentro posso estar em qualquer lugar. Eu sou a peça importante nesta minha história, por isso emoldurei a página com a minha foto, essa é a revista que transcreve minhas emoções, meus hábitos, meu cotidiano. Não tem mais nada disperso, está tudo sob controle.
Sempre que estamos numa fase boa da vida, pensamos que estamos vivendo a melhor fase de nossa vida. E é isso que importa, e ponto final. Se encontrar, se preencher, conviver de forma sadia, e realizar é o chão seguro, através dele os demais caminhos chegam, as perguntas serão feitas e as respostas surgirão da mesma forma. Essa é a velha escola da vida ensinada pelo meu tio.
Não tenho tudo que amo (mas vou ter)...Mas amo tudo que tenho (sempre). Que tenhamos uma excelente segunda-feira! Beijos
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