Domingo de chuva...

O que importa a chuva? Qual diferença ela faz? Aqui, apenas para a natureza, pois o americano não se incomoda nem um pouco com a água que vem do céu. O que vemos nos filmes, passos tranquilos e roupas ensopadas é fato, não é charme da produção não. Eles andam calmamente com a certeza que chegarão,  como o sol a chuva precisa acontecer.

Parece boba essa consideração mas não é, isso é cultura mesmo. Nos primeiros meses de chuva ia eu correndo como uma doida, fugindo dos pingos de chuva, como se os pobres fossem acabar com a minha existência na fase da terra. Levei tempo para aprender a caminhar, com calma, sem desespero. Foi como aprender a andar de novo, hoje adoro a chuva, muito, mas não apenas de vê-la pela janela, mas de senti-la quando necessário, sem  aquela sensação de que é o fim do mundo por que chove.

Em três anos aqui, nunca vi uma pessoa com sombrinha de chuva, deve ter em outros lugares da cidade, de repente em downtown, o centro da capital, com um movimento maior...Mas não vi mesmo, aliás nem tenho.

Na verdade esta explicação toda é para fazer este registro, esta coisa do conceito velho para a cultura nova. 

Hoje é um dia maravilhoso de chuva, linda caindo lá fora, já fui ao mercado, já senti ela no rosto. E agradeço por tê-la nesse domingo, as vezes precisamos lavar nossa alma, e a chuva é perfeita para isso.