quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Apenas sentir...

Eu estava lendo um livro que fala das formas de se amar, dos caminhos que proporcionam sentimentos tão diversos, e o quanto os mesmos podem tocar nossa vida nos conduzindo às alegrias ou às tristezas, vai das nossas escolhas e do entendimento que ele pode proporcionar. Livros são mágicos, histórias, experiências, reflexões, sempre estou aprendendo alguma coisa, me faz algum sentido uma frase deixada no ar...


Faço dos meus dias uma leitura constante, ou seja, procuro entendê-lo quando sozinha estou. As vezes consigo com tranquilidade, as vezes me frusto com inquietação, porém  todas as reações fazem parte do que descubro, dentro e fora de mim. As linhas são mistérios profundos, pontos, vírgulas, exclamações ou interrogações, não importa, tudo em busca de uma resposta, de uma conclusão. Hoje li uma mensagem que fez parar meu senso crítico a procura constante de  entendimento, de sentido, e ri sozinha, tola! Nada disso  importa, assim foi fácil concluir, basta  eu olhar as letras que formam  as idéias, apenas isso. Assim estaciono o meu tempo, e posso repousar os meus olhos na parte mais abstrata da minha visão, e enxergar mais de perto o que está dentro de mim, visivel ou não, para mim mesma.



Sempre acreditei nisso - Se é para ser, será. Mas hoje me causou arrepio, me causou inquietude, me causou insônia, insônia na alma. Dei um descanso para os pensamentos e apenas deixei fluir a não resistência. Resisti a quê? Me questionei. Silenciei para a resposta. As vezes as explicações me cansam, as vezes não as quero, prefiro ser indiferente, pode me servir de álibi - não sei, não me dei conta, não percebi... Isso tudo o livro me trouxe, e deixou dentro de mim muito mais...

Deixou também a sensação da força, do perigo, da igualdade, do carinho, do aconchego, do existir, não importando aonde e de que forma, apenas intenso em algum lugar, de alguma maneira.



Adoro o silêncio, muitas das vezes me é suficiente, me alimenta e inspira, basta fechar os olhos e deixar fluir, sentir o dar e o receber. Não faz diferenca em que intensidade se sente, apenas sentir pode satisfazer. Não importa o redor, nao importa o conjunto, apenas preenche-lo pode ser suficiente, apaziguador, pode fazer a vida passar lentamente dando seu sopro de existência, nos poros, no desejo, na fantasia... O que mais importa? Tudo pode ao mesmo tempo ser  nada, a insanidade as vezes é benéfica. Que me perdoem os loucos, mas um brinde  à eles! São livres, cada loucura é justificável, pelo simples fato do rótulo de louco estar. E nunca pesará conscientemente sobre seus ombros. Basta olharmos a sua volta por um rápido momento, tudo que a sua  existência possa  mostrar. E assim reflito, fechando a última página do meu livro, que a vida pode ser sempre a loucura de um recomeço, ou a sanidade de um retrocesso,  vai da escolha de cada um de nós.

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